Da dó, dá!
Hoje li no DN, esse manancial de surpresas, um artigo de opinião de João Miguel Tavares onde se expressam várias ideias sobre a importância dos jornais e a falta de qualidade e de adaptação destes face aos outros suportes informativos, como as televisões, rádios ou internet; escreve por exemplo que o seu jornal, o DN teve nestes últimos 3 anos 6 directores, que o Expresso perdeu o grande Arquitecto ou mesmo que o Publico se reinventou atirando para o lixo o seu antigo logo
- qual é mesmo o problema que ele vê aqui? Continua este mar de recorrentes lamentos referindo que os outros (?), os jornalistas não deveriam escrever para agradar aos seus pares, (como se o nível do intelecto jornalístico à excepção de alguns opinion makers que não são jornalistas, fosse qualquer coisa de formidável) afirmando que será essa a causa principal do divorcio entre os leitores e os jornalistas, a dificuldade em "admitir que a qualidade do que se imprime é, no mínimo, duvidosa." continua, dizendo que eles (os outros) " Confundem a construção das notícias com o relato do que dizem as partes em confronto, recusando a análise e comprometendo um jornalismo adulto e sofisticado. Porque têm demasiados preconceitos. Deixam de lado dezenas de boas histórias, etiquetadas como "popularuchas", esquecendo que a grande distinção entre um jornal de referência e um popular não está na escolha das notícias mas no seu tratamento." rematando o seu grande texto supra-midiano (não de médio, mas de midia, em qualidade será supra-minor) com um grand finale da sua interpretação Freudiana da teoria da evolução de Charles Darwin
"Os leitores não são estúpidos. Os jornais de referência é que se estão a transformar nos dodós do século XXI. Extintos por incapacidade de adaptação."
Faz-me pena que nem um tão simples processo critico seja feito com tão pouca qualidade, se pelo menos JMT soubesse a causa de extinção dos Dodós...pelo menos num ponto estamos de acordo, os leitores não são estúpidos, muito obrigado pela lembrança.
4 Comments:
É na verdade um post muito bem escrito. O que foi apreciado por ti aquando da leitura da notícia desse senhor, foi a obra de um chamado "self made Journalist", 4 ou 5 anos de escola, umas horas atrás de um Mac e um lugar no papel editado, como que entulho para tapar buracos...
Bom post!
O importante no artigo não´é o conteúdo, mas a data em que foi escrito. E o destinatário do mesmo, numa altura em que já se falava do nome do novo director. Chama-se a isto marketing pessoal e no DN, dizem-me, é muito utilizado. Não só por JMT, claro. E resulta sempre! Um textinho na hora certa, um almocinho para pôr a conversa em dia e informar os newcomers sobre o que vão encontrar, tudo isso faz parte das regras daquele jogo. Caem todos.
Eh, eh, eh...têm piada.
gosto sempre de te ler ... tens asas para voar ... há que ver sempre o ninho em que se deve poisar ... além disso , sou cúmplice das tuas envergaduras ... beijos da Leila
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