Ela, a minha sangria.
Reparou nela logo na entrada, uma pequena lobita que corria e abraçava todos os amigos como só o bem estar da juventude lhe permitia, não se lembrava dela, não se lembrava dela do seu grupo amigos e nem dos seus sonhos, era Afrodite e Olímpia pensava, Sereia que naquele momento breve lhe destruiu o dia,- um poste, arranjem-me um poste marujos, alguém que me amarre ao mastro da vela grande para conseguir sobreviver a tal feitiço, pensou com um sorriso.
Sentaram-se e rapidamente lançou um breve olá estás boa com o maior dos desprezos, ela retorquiu perguntando-lhe - rias de quê?
Foi assim que logo ali se quiseram conhecer, os movimentos deles, a atracção e a repulsa, o caminhar por trás com o copo de sangria a olhar para ele de soslaio...
Ele a olhar para o céu em postura de eterno irredutível, julgando que ela não o notava. Mas notava.
As hostes estavam animadas, almoço das duas à meia-noite e depois um copo no bar da aldeia, a continuação da celebração dentro de outras portas.
Já se olham, falam, brincam, primeiro em jogos de sedução depois em decantação, mas, e nestas estórias há sempre o mas, havia alguém, um desconhecido que ele não conhecia e ela naquele momento não queria ter conhecido; olhou-a pela ultima vez nessa noite, despediram-se como se nada tivessem dito ou feito um ao outro,
- Até à próxima fica bem, disseram, mentindo um ao outro e a si mesmos respeitando os seus principios morais, martirizando o instinto natural dos seus corpos e mente.
É fodido ter princípios.
1 Comments:
Well, its pure fiction; but yes sometimes they say it is.
Thanks.
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