Todos os dias uso as teclas, algumas interessantes outras nem tanto, células, trims, offsets, viewports, espaços bi/tri dimensionais, planares, complanares, afastamentos, cotas, lógicos.
Comandos, imputs que modificaram a dimensão Tempo, que transformaram a velocidade do trabalho de rasga, faz de novo passar de horas a milésimos de segundo. Undo, desfaz, elimina os erros, transforma a dimensão presente em passado; Redo, transforma o Presente no futuro que foi já foi passado, comandos simples, imediatos em que o exercício da experimentação nos permite até à exaustão o ensaio/erro na procura do desenho certo, das dimensões perfeitas, dos textos perfeitos de ortographia irrepreensível, das células perfeitamente formatadas, dos relatórios perfeitos, do lettering perfeito, dos conteúdos perfeitos.

Já há algum tempo tenho o Vista (curtas), programa idiota, que parte do principio que todos os users são igualmente idiotas (vai na volta), num laptop com quatro vezes a capacidade do anterior e que para meu espanto demora exactamente o mesmo tempo a abrir as aplicações que aparentemente melhoradas, também quadruplicaram na necessidade de processamento.

Tem sido assim desde que me lembro, novas máquinas, novas versões de software, os mesmos problemas.
Computadores, geniais a resolver os problemas por eles criados, inexistentes antes de os termos.

Mas que benefícios globais a máquina operou ? As guerras acabaram? A fome acabou? Os recursos aumentaram? Não, as expectativas e os sonhos, esses sim foram os únicos que aumentaram, o ordenador apenas ordena aquilo que nós cidadãos saudavelmente envelhecidos e modernamente fortificados contra terceiros-mundistas nus e esfomeados, queremos, ele nada inventa.

Por vezes penso por que "paths" andaríamos nós hoje se a máquina não tivesse sido inventada, teríamos criado uma realidade alternativa ou viveríamos ainda no obscurantismo do carvão e do vapor?

Undo?