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Relatório Milenar

Certo que os factores externos tal como o Homem Darwin o explica, influenciam e condicionam a evolução da espécie, assim a subespécie do Homo-Sapiens, o Homo-Pólis, espécie supostamente superiormente evoluída, surge-nos como antítese biológica/formal de tudo aquilo que deveria ser representativo da sua suposta superioridade evolucionária e não reaccionária a impulsos externos.

Esta espécie não possui conhecimentos de produção agro-pecuária ou é detentora de terra que permita a sua subsistência, pelo contrário, está na sua maior parte dependente de agentes estranhos para a garantia de sua subsistência biológica, incrementada pela abolição da troca directa por valores não existentes, abstractos, resultantes de remunerações de trabalhos realizados (quase sempre sem relação directa com os bens produzidos) e muitas vezes divergidos na aquisição de bens não relevantes para a espécie ou para a sua prol;

A dependência tecnológica em que o Homo-Pólis é levado a acreditar (como Deus na Idade Média Humana) em que a sua existência é o resultado da imagem para o outro, ou comportamentos, leva-o de forma inconsciente a acreditar que a sua sobrevivência está intimamente ligada à posse de adornos tecnológicos não produtivos, alienantes, sem domínio da tecnologia aplicada, essa é sim, reservada a uma elite que a comercializa e promove como se de um bem essencial à preservação da espécie se tratasse.

Dou como exemplo em relação ao domínio de tecnologias não relevantes para a sua sobrevivência lógica e de inquestionável necessidade o da domesticação do Cavalo pelo Homem (ver relatórios anteriores, tomo 5 de Acx), as tribos que o utilizaram como ferramenta essencial viram-se impedidas de se sedentarizar, assim, o que parecia como uma grande ferramenta, apenas ajudou à manutenção do status quo da tribo (nomadismo) sendo ainda hoje visível este retrocesso tecnológico não evolucionário nas tribos nómadas das estepes mongóis.

Assim os recursos tecnológicos em uso no ecossistema do Homo-Pólis são na sua grande parte desse género, tecnologia não evolucionária e quando relevantes, são na sua grande parte utilizada e criadas através do consumo de matérias-primas finitas, não se percebendo assim qual o objectivo na manutenção do uso destas tecnologias enquanto objectivo aparente e relevante para a espécie.

Questionamos assim o objectivo para a preservação destes seres no Planeta, visto não se regerem através de comportamentos lógicos que os mantenham de forma minimamente sustentável, entre eles o primordial, o da sobrevivência, em oposição do observável em outras zonas mais a sul do planeta, na região denominada por África.

Refiro para terminar o inicio de sondagens em diversos planetas deste sistema por parte de algumas dessas tribos homo-pólis guerreiras, sendo de analisar seriamente as consequências para nós daí decorrentes num futuro não muito longínquo.

Peço instruções,

Ao julgamento da Entidade superior,
Giodfred Halienz
Comandante da 5ª Frota Expedicionária de Calíope

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