Ask for thyself another Kingdom

director`s uncuted(issima) version

27 July 2007

Ris de quê?


Grupo Impresa

Sai da obra pela 13.00 para ir ao meu almoço, sentei-me no restaurante, pedi e enquanto esperava pelo repasto via o noticiário da SIC, esperando por novidades ou algo novo e relevante que merecesse ser relato pela televisão representativa do 2ª maior grupo de media privado Português.
Então aqui vão por ordem "of appearence" (apenas até ao intervalo, porque ai não aguentei mais, bebi o café à pressa e regressei para o escritório) as notícias do dia.

1. Simão Sabrosa - Directo do estádio do Atlético de Madrid, com relato do nosso amigo Henrique que é pena estar sob o jugo de tão fraca estação televisiva.

2. O Coreano morto pelos Talibans era Padre.

3."Avô Metralha", após passar a vida num entra/sai da prisa, o velhiho aos 72 anos afirma ainda não estar recuperado para a sociedade.

4. Obesa com banda gástrica agora vende bolas de Berlim numa praia do Algarve e é patrocinada pela Clix.

5.Irmão mata irmão num pinhal com17 navalhadas no pescoço.

6.Simão Sabrosa - Directo do estádio do atlético de Madrid, com relato em voz off do Henrique, enquanto o Simão dá toques na bola e é fotografado.

7. Cheias no Reino Unido - Entrevista a um senhor careca Inglês que falava na escassez de alfaces por causa das cheias.

8. Mãe atira da janela de um segundo andar em Linda-a-Velha o seu bebé com 18 meses.

9. Recuperam imagens do Simão a dar toques na bola. (Aqui foi quando pedi a conta)


É isto que queremos ou são eles que são incompetentes? Cada vez mais me inclino para a segunda hipótese.

Apesar de tudo o almoço estava óptimo.

20 July 2007

Patrõezinhos


Já aqui nesta fortaleza referi por várias vezes a incompetência da maioria dos Donos de Empresas em Portugal (diferente de Gestores profissionais, na maioria das vezes só presentes na Banca) e do imobilismo e falta de competência de gestão em estratégias de investimento, e mesmo (e acima de tudo) na área dos recursos humanos para fomentar as competências profissionais dos seus colaboradores.
Foi assim sem surpresa que ouvimos (TSF) o porta-voz das quatro principais confederações de patrões (imagine-se a tradução para Inglês "Bosses confederation"..até nisto são ridículos) afirmar, espante-se, que entre outras razões para a justa causa para o despedimento deveria estar prevista a discordância política entre trabalhador-patrão, seja isso o que for no contexto da prestação de serviços, a única relação existente por lei entre empregador e empregado.
A menos que tenhamos um emprego de génese estritamente politica, não vejo onde se poderia aplicar tal hedionda e subdita verborreia patronal.
Ainda não se aperceberam que aplicar as modernas bases da gestão de recursos humanos, a fomentar o empenho dos empregados através de sólidas medidas de protecção e formação tem um output económico enorme e uma maior motivação das unidades de trabalho; em vez disso procuram de todas as maneira possíveis poupar nos custos com pessoal esperando com isso poupar meia dúzia de tostões no final do ano.
É essa e só a grande capacidade de gestão dos nossos patrões, até pareçe que as empresas que gerem apenas necessitam de baixos índices de qualificação e formação...ooopps.. e não é que é apenas isso que precisam? Retiro o que disse.

18 July 2007

Trips


Falemos do verão, falemos da globalização. Engraçado como a percepção da globalização apenas toma forma na época estival, é agora que nos assumimos como viajantes, viajeiros globalizados, conhecedores dos recantos mais íntimos do Planeta e especialmente daquele spot que só nós conhecemos, aquele ali, naquele pais estranho e com índice de coolness proporcional ao numero de doenças que se podem tomar pelo jantar.
Basta um pequeno voo nesta caixinha de mega-bytes para conheçermos a Joana, advogada de profissão, que mergulhou nas águas translucidas e repletas de tubarões venenosos (sim, porque os há) de uma ilha ao largo da Jangilândia, ou do Ricardão, Arquitecto, que foi caminhar para os Picos da Malásia ver tigres zebras ou nadar nas águas do perigoso rio Karmaputra onde abundam lagartixas de rabo torto, o ultimo desafio para experientes "Padi-divers".
Durante o resto do ano de vez em quando também perdemos a cabeça e vamos pelo Inverno á neve (não consigo deixar de rir quando oiço isto) ou mais radical ainda dar uma volta até Paris e enfrentar aquela malta selvagem no seu habitat natural, muitas vezes desarmados e sem conseguir comunicar com tão hediondos canibais culturais. Porquê esta tradição viajeira? Porquê esta necessidade de nos Globalizarmos para todos? O que é que antropológicamente nos faz exigir tal missão?
Deixo-vos este pensamento á discussão...e não aceito respostas a nível individual, visto ser uma característica da espécie, sim, não penses que tu és único meu amigo...

06 July 2007

Melhor, só Allain Poe...

Let me tell you a story to chill the bones, about a thing that I saw.
One night wandering in the everglades. I had one drink but no more.

I was rambling, enjoying the bright moonlight. Gazing up at the stars.
not aware of a presence so near to me. Watching my every move.

Feeling scared and I fell to my knees. As something rushed me from the trees.
Took me to an unholy place. And that is where I fell from grace.

and they summoned me over to join in with them. To the dance of the dead
In to the circle of fire I followed them. In to the middle I was led.

As if time had stopped still I was numb with fear, but still I wanted to go.
And the blaze of the fire did no hurt upon me. As I walked onto the coals.

And I felt I was in a trance. And my spirit was lifted from me
And if only someone had the chance. To witness what happened to me.

And I danced and I pranced and I sang with them. All had death in their eyes.
Lifeless figures they were undead all of them. They had ascended from hell.

As I danced with the dead my free spirit was laughing and howling down at me.
Below my undead body, just danced the circle of death.

Until the time came to reunite us both. My spirit came back down to me
I did not know if I was alive or dead. As the others all joined in with me.

By luck then a skirmish started. And took the attention away from me
When they took their gaze from me. Was the moment that I fled.

I ran like hell faster than the wind. But behind I did not glance
One thing that I did not dare. Was to look just straight ahead.

When you know that your time has come around. You know you'll be prepared for it.
Say your last goodbyes to everyone and Drink and say a prayer for it.

When you're lying in your sleep, when you're lying in your bed
And you wake from your dreams to go dancing with the dead
When you're lying in your sleep, when you're lying in your bed
And you wake from your dreams to go dancing with the dead

To this day I guess I'll never know. Just why they let me go.
But I'll never go dancing no more. Till I dance with the dead.

Iron Maiden - Death of the Dead


TOS

02 July 2007

Saladino vs Ricardo


Com a estabilização pós II WW os Impérios emergente (EUA e URSS) e os decadentes (Inglaterra e França) pensaram que a Ocidentalização mundial seria um dado adquirido, que a continuação do modelo reinante e vencedor seria o paradigma que se seguia, esquecendo-se que o desenvolvimento de comunidades e países teria de ser assente em princípios de igualdade, humanidade e participação, aconteceu precisamente o contrário com a guerra fria, da Nato vs Pacto de Varsóvia, dividiram-se as influências Mundiais em Preto ou Branco, Verdadeiro ou Falso, em Esquerda ou Direita; com isto todas aquelas zonas cinzentas do globo que pouco contavam do ponto de vista humano dos vencedores tornaram-se palco de todas as experiências politicas, sociais e militares de ambos os lados da trincheira; Coreia, Cambodja, Indochina, Suez, Serra Leoa, enfim, onde quer que a fronteira não fosse clara, tinha-se que a clarificar, "whatever the cost may be".

Ofereceu-se no pós guerra uma pequena parcela de terra ao Povo martrizado da Judeia, pedaço a que chamaram de Israel, situado na Palestina em zona de predominância Árabe, numa das áreas cinzentas do mapa, que por ser pertença dos Impérios decadentes não fora suficientemente clarificada, urgia também apagar o mais depressa possível essa mancha civilizacional que um de nós havia provocado, que um pais europeu, industrializado e no limite "superiormente" clarividente havia efectuado, a quase extinção em massa de um povo inteiro, onde os pôr?

Ali, junto ás tropas de Saladino e Xerxes, encalhados por sua livre decisão entre o Mar e o Deserto, ali na sua terra prometida, onde há aproximadamente 20 séculos se luta e morre por tão pequeno punhado de areia.

Continuarão sempre a existir áreas cinzentas, o importante seria saber como as evitar, infelizmente agora, temo, não surgirá nenhum Ricardo Coração de Leão que o resolva, muito menos um com as mãos já sujas de persas cruzadas.

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