Ask for thyself another Kingdom

director`s uncuted(issima) version

31 March 2008

Fell on Happy Days



O meu irmão depois de almoçar no ISEL tinha por hábito apanhar-me no final da tarde na António no nosso velhinho Y10 (que acabou na parede de um muro, aproveitando-se apenas o retrovisor e..o meu irmão) para umas idas até a Costa para uns mergulhos; embora também ele tivesse o seu grupo de amigos era comigo, ou antes com elas as minhas amigas e colegas de curso que preferia passar as tardes, na areia a beber umas cervejas e a fazer outras maldades tão típicas da idade. O esquema era sempre o mesmo, sair de casa da avó, cedo pela manhã com calções na bagageira, aulas e depois lá nos encontrava-mos à frente do bom velho Louvre, na António depois de almoço, atulhando o coche com colegas e felicidade, no regresso, as calças por cima dos calções de banho molhados para a avó não se assustar.
Nessas tardes de praia as conversas eram para todos os gostos e feitios, quem come quem, quem foi comido por quem, quem pode comer quem sem ser comido por alguém, o típico da idade.

Falava-se também de musica, muito, especialmente de Grunge, o estilo que tinha acabado de romper os cânones musicais e que se assumia como o estilo musical de toda uma nova geração que apelidada de rasca, tentava sobreviver à rasca ás PGAs, Africções e demais confusões desse então como agora falido sistema de ensino.

Lisboa, 1 de Maio de 1994

O Domingo amanheceu com o Sol a sorrir, estava quente, muito quente, nesse ano o calor tinha começado no inicio de Abril e já estávamos rosadinhos para tão cedo altura; lembrámo-nos de por a caminho da praia, ligámos a uma amiga, a Joana, e saímos, não sem antes termos programado o vídeo Vhs para começar a gravar às 4.30 o Grande Prémio de São Marino, combinando também que não ligaríamos o rádio do carro ou veríamos televisão para assim evitar saber quem o ganharia, podendo dessa forma, pela noitinha e depois de um jantar degustado relaxar em frente da televisão ITT da avó e ver o GP como se fosse em Directo.

O dia foi óptimo, a Joana passou grande parte do dia a falar sobre o seu ex. e sobre as futuras ex. do meu irmão, enquanto eu, animal Beta me deliciava com o novo CD dos Soundgarden ouvido no state-of-the-art Walkman Sony dela, o album Superunknown, onde o Chris Cornell disparava as suas cordas vocais em todas as direcções e sentidos, desde o Spoon-man ao Black Hole Soon, todas as canções perfeitas, o mar perfeito, a Joana perfeita, tudo demasiado perfeito.

A praia acabou, entrámos para o carro e o meu irmão por descuido ligou o rádio, ouvindo-se:
- ...daqui a pouco mais pormenores sobre o espectacular acidente de Ayrton Senna da Silva...
O meu irmão rapidamente desligou o rádio e disse-me:
-Não te preocupes, não deve ter sido nada...
- Mano, quando eles dizem espectacular...é porque foi grave...
- Não, vais ver que não foi nada.

Tenho gravado em VHS esse fatídico dia, o carro JPS da Lótus-Honda meu primeiro poster de menino enterrado, e o Superunknown de adolescente que fiquei da Joana nesse dia na praia guardado.

Lisboa, 11 de Julho 2008 ,


Chris Cornell,
Optimus Alive, o mar vai voltar a estar perfeito.

18 March 2008

A minha melhor fotografia.

17 March 2008

UNDER CONSTRUCTION



13 March 2008

Uma breve nota


Com calma e diálogo e sem a exploração partidária do "professariado" nacional por parte dos sindicatos e seus anexos partidos julgo ser pacifíca a forma como se poderá chegar a um entendimento global na área da avaliação; não sendo um defensor da reforma pela reforma facilmente deduzo que uma manifestação do nosso "professariado" em números nunca atingidos quererá por certo significar alguma coisa sobre o rumo seguído pelo Governo neste sector.

Os professores (sendo eu filho de uma, sobrinho de várias, irmão de outra) , estão sujeitos a um enorme desgaste emocional e físico, é-lhes pedido basicamente tudo, mais do que a qualquer outra actividade profissional pública, naquilo que lhes é exigido e na importância social e formadora dos seus resultados.


Quem leu a "Headline" do Correio da Manhã de hoje ( "Professor mata irmãos...") poderia pensar que eram todos assassinos, desconhecia que a classe profissional era relevante para o homicídio, esta pelos vistos passou a ser.




11 March 2008

Eu, Jean Todd!


Bielas, acho que é assim que se escreve, mas também se não for não interessa nada, é uma cena que acho ser achatada, deve ter pelo menos 2 furos na longitudinal e deve ter uma malha em rede de aço que a protege das válvulas de admissão do escape, é atarraxada e julgo que deve ter pelo menos duas rodas dentadas, ou três nos carros topo de gama que funcionam hidraulicamente através de um braço mecânico que actua com o turbo em altas rotações, só em alguns modelos ditos Tdis.
Continuando, o sistema de refrigeração funciona com água ou então (e isto é uma certeza) com um líquido "refrigeratório" que se compra nas bombas e é próprio para isso, dizia então, que o tubo de água anda por baixo do motor por umas coisas que não se podem romper, por isso dizem que se deve ter na neve um "anti-congelatório" para impedir a expansão do gelo, que logicamente poderá abrir fendas nos tubinhos ou então qualquer coisa ainda pior...
Para finalizar, a cambota liga o carro ao motor e é o que permite a cena girar ao pé das válvulas de combustão para fazer a explosão que permite aos cilindros actuarem para cima e para baixo como nos anúncios dos óleos de motor dos carros de fórmula 1.

Hoje o meu carro empanou e tive de chamar o reboque.

10 March 2008

Ode à luta


Ele é luta porque fecha, ele é luta porque abre, ele é luta porque reforma, ele é luta porque não reforma, ele é luta porque se engana, ele é luta porque nunca se engana, ele é luta porque é autista, ele é luta quando corrige, ele é luta quando cresce, ele é luta quando não é tanto, ele é luta porque diminui, ele é luta porque sobe, ele é luta porque controla, ele é luta porque é demais, ele é luta porque retêm, ele é luta porque escapa, ele é luta porque assina, ele é luta porque não como devia, ele é luta porque anuncia, ele é luta porque propangandeia, ele é luta porque avança, ele é luta porque não trava, ele é luta porque higieniza, enfim, ele é luta porque não abre excepções para o pão saloio.

E acho muito bem!

04 March 2008

Ai agora já querem?


Recebi via email do meu bom amigo BV e porque sabe que sou desde há algum tempo (5 anos de idade) um fanático admirador de Alexandre ( podia-me ter dado para os Transformers que não havia mal nenhum) o seguinte texto de um seu colega dos tempos de Londres:

FOR THOSE THAT SEEK A NAME FOR "MACEDONIA".

THE NAME OF THE AREA BEFORE WORLD WAR II WAS VARDARSKA.

THE NAME MACEDONIA WAS GIVEN TO THEM BY THEIR CRYPTO JEWISH LEADER JOSEF BROSTEIN (OR THE LEADER KNOWN AS TITO).

ATTACHED YOU WILL FIND THEIR MAP BEFORE 1940.

A FEW NOTES FOR THOSE WHO DO NOT KNOW.

1. ALEXANDER THE GREAT AND HIS TEACHER ARISTOTLE SPOKE HELLENIC. NOT ANY SLAVIC LANGUAGE.
2. THE MACEDONIAN CAPITAL WAS PELLA. NOt SKOPJE.
3. ALEXANDER'S SISTER WAS CALLED THESSALONIKI. NOT SOLUN LIKE THE SLAV(E)S CALL IT.
4. VOUKEFALAS WAS ALEXANDER'S HORSE. NOT A ZASTAVA.

SO, VARDARSKA IT IS AND
STOP PLAYING WITH THE REAL MACEDONIANS.

WE'VE HAD ENOUGH WITH THIS JOKE.

SPREAD THIS MESSAGE ALL OVER THE WORLD.

P.

Tenho seguido de forma atenta este esgrimir de argumentos históricos entre Gregos e Macedónios, tendo como vantagem nesta análise não ser parte interessada neste duelo o que me permite ter uma abordagem despreocupada a este problema ;

Pellas é de facto no Norte da actual Grécia, e Aristóteles e Alexandre falavam Grego, facto.

É no entanto tambem verdade que Atenas, cidade modelo motivo de inspiração social, política e identitária das cidades-estado circundantes apenas pela força da falange Macedónia lhe concedeu o estatuto de igualdade entre pares , facto.

Partilhavam os mesmos centros religiosos, uma identidade sacerdotal e mitológica conjunta, mas não deixa de ser verdade, que não foi por Alexandre ter estado por exemplo no oásis de Siwa que se transformou os Egipcios em parte integrante da cultura helénica e não digo clássica de proposito.

Como afirma o email, o estado Macedónio foi uma criação propagandística de Tito, não se podendo assim atribuir qualquer tipo de relevância histórica à pretensão macedónica de chamar a si berço do império Alexandrino.

Então qual é mesmo o problema?

O problema é Filipe ter morrido sem ter tido o reconhecimento de igual entre iguais como possuidor de um estado Macedónio parte integrante da Grécia; o problema é que mesmo com o maior filósofo da História Antiga como preceptor dedicado foi-lhe sempre negado o reconhecimento de líder, sendo mesmo necessário a sua imposição perante o exército de Tebas para conseguir a almejada paridade.

É nestes pressupostos históricos de eterno escárnio perante o Bárbaro do norte (como os atenienses gostavam de chamar a seu pai) que surgiu toda esta confusão, como eu gosto de lhe chamar, a Vingança de Filipe, e os nossos amigos Gregos não gostam nada, pois não?

Agora aguentem-se com a bomboca, ou, como como faria Alexandre, agarrem na espada e desatem o nó, que a coisa como se vê pela fotografia apensa tende (progressão matemática) a resultar em confusão da grande, mais uma!





03 March 2008

Medos


Não me assusta o Irão e a "ideia" da destruição.
Não me assusta o Putin e as ideias do seu pasquim

Assustam-me as ideias da Grande Democracia, assusta-me a ideia generalista do que é bom e melhor para nós será sempre melhor para os outros, assusta-me a ideia do vazio para lá da democracia, assusta-me a inexistência de mentes arejadas que pensem em formas alternativas de gestão de um estado moderno, assusta-me a falta de alternativas após a falência do estado providência, assusta-me o dogma, assusta-me o sagrado e a ideia de pecado, assusta-me o insulto a nações soberanas por não partilharem os ideais por nós historicamente instituídos, assusta-me o esquecimento, assusta-me a incoerência política, assusta-me a inveja e o ciume que une os nossos estados blindadamente democráticos, assusta-me a dependência dos combustiveis fósseis, o impropério, a ingerência e a nossa pós-moderna insanidade.

P.s. I do not separate people, as do the narrow-minded, into Greeks and barbarians.
Alexander the Great

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