Ask for thyself another Kingdom

director`s uncuted(issima) version

29 October 2008


Só mais um apontamento Romântico e noctívago, porque raio a reposição da série sobre Bocage interpretado pelo fantástico Miguel Guilherme e pelo não menos fabulistíco Manuel João Vieira dá às 2 da manhã na RTP2?

Lá vou ter que comprar o DVD está-se mesmo a ver...

"Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno:

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno:

Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
Inimigo de hipócritas, e frades:

Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia em que se achou cagando ao vento."

Last Christmas


Sentado a olhar para a lareira recorda o que se passou naquela semana, na noite chuvosa de Natal, teria sido um sonho ou um penoso despertar para uma dolorosa realidade que evitava?

Levanta-se e volta a encher o copo com o Brandy que o seu tio lhe oferecera 5 anos atrás quando festejava o seu breve e fugaz casamento que agora o fogo crepitante e o vazio daquela sala lhe fazia enfrentar, estava frio, e lá fora o bater das árvores e o vento não ajudavam ao conforto de espírito que precisava, era necessário beber aquele mel, para esquecer.


Abriu a porta e os meninos entraram barulhentos ansiosos para ver as Prendas, entre gritos, beijos e abraços encaminha-os até à Árvore, alta esbelta, carregada de luz com a estrela lá no alto a iluminar aquela sala grandiosa , atrás vêm ela, magnânime poderosa, beija-o e deseja-lhe bom Natal, está cansada pede que a desculpe que vai repousar um pouco, já voltará.

A noite vai longa, aninhado no chão olha para os rapazes, todos estão silenciosos como só os inocentes dormem, ela não se levantou... De manhã acorda e procura-a, não a encontra, ao seu lado um insipido papel diz que não pode mais, pede desculpa e que leva os meninos.

A garrafa está vazia, anda lentamente com uma chave de ferro na mão, abre a gaveta da sua secretária, aí se encontra a sua saída, está demasiado frio.



Isto de se andar a ler Poe dá nisto...:)

28 October 2008

Este fim de semana destino -Burgos!


Terra de el Cid Campeador e do meu irmão, el Nuno lo baptizador:)

27 October 2008

O diabo fuma erva e é lindo.




hoje na 2

Comunicado à população.

Bom, este post serve apenas para dizer que estou-me marimbando para o que pensam sobre o que eu faço nos meus tempos livres, eles existem (logo pensam) que que as actividades lúdicas têm apenas e só que ser obrigatoriamente regadas em noctivagas noites, com malta e cenas assim que para o cultural urbano pós-evolutivo quando outros há como eu que querem simplesmente fazer o que lhes dá na real gana sem terem que estar permanentemente a ser alvo de críticas e julgamentos sumários sobre aquilo que faço e pior sobre aquilo que eles gostariam que eu estivesse a fazer.

Ora para todos ficarmos esclarecidos, eu faço o que minha vontade dita (acho que já tenho idade para o poder afirmar, dentro dos limites estabelecidos por lei) quando e com quem me apetece, é o mínimo que se pode exigir a uma pessoa sã, adulta e responsável, adiantando apenas e para terminar que não diminuído eu quem se comporta de uma maneira diversa da minha e no entendendimento que pessoas diferentes comportam-se de maneira diferente, espero no mínimo igual comportamento a terceiros.

Apenas só mais uma nota, ontem apanhei com o meu amigo Tiago qualquer coisa como 7 Kgs de Diplodus sargus da familia dos Sparidaes da ordem dos Perciformes (vulgus sargos) na noite da praia do Meco, a minha maior jornada "ever"(e não Jornatta como diria Miguel Angelo) e tive o prazer de ver a maior estrela cadente da minha vida (milagre?:)

Agora trabalha-se, aqui na Urbanidade de cabeça e corpo sãos e espirito reconfortado, objectivo final do lúdico livre tempus, e não há mal nenhum nisso pois não?

17 October 2008

Olhem para mim a tirar um Coelhinho do Contentor!



Não sou de intrigas, mas quando me tocam nos calos, um "gajo" chateia-se, ah pois chateia-se!

Um dos meus calos dormentes, disformes é a frente de Lisboa para o Tejo, essa frente cantada, narrada, apreciada por uns e absolutamente abandonada e maltratada por outros como a APL (Associação do porto de Lisboa, essa coisa esquisita de estado dentro do estado) e Câmara.

Ao anunciar a chamada do controlo desta frente urbana para si a CML fez-me (e a outros nados alfacinhas) criar expectativas sobre o regresso do rio á cidade, e não apenas em meia dúzia de metros de barracões naquilo que apelidam de "As Docas", marginal malcheirosa e lodacenta com vista para uma decrepita marina com som de rodados automóveis a passar na nossa Golden Bridge, lá em cima, evitável audível.

Afirmaram que era o regresso do rio á cidade, o desmantelamento do terminal de cargas, da criação de uma solução para a barreira "Comboio", linha parva, estupida, desnecessária ao Rio e á cidade e a imediata reconversão para a rés-publica deste pedaço de cidade morto, aparente inviável Tágide paixão.

Nomeou-se a bem da Cidade um Arquitecto, rico milionário projectista dos 98 Exponianos anos, de ligações partidárias agora claras e que seria o responsável, nosso dignitário vereador para o Urbanismo, o homem chave para tão grande tarefa, sobre isso nada falo, apenas lamento esta ligação do ante-pós dos nossos quadro técnicos com a Política, elemento que convêm salientar, pois releva-se sempre aqueles que saídos da política assumem cargos empresariais presidenciais e raramente o inverso, quadros técnicos que mais tarde ocupam cargos compensatórios em lugares públicos, de ligações sempre dúbias, como qualquer um de nós meros mortais podemos questionar.

Da cidade zero, nem projectos, nem obras, nem concursos nem nada, desculpas financeiras adequadamente frustradas e resultados apenas um de governa(nta)mental decisão, o de um Coelho de Mota (Engil) que sem concurso publico tira da cartola um aumento da área de contentores, barreira visual INADMISSÍVEL, CORRUPTIVA ESCULTURA POLICROMADA ao rio , não Tágide mas tadinho, dele e de nós Olissiponenses Portugueses.

E um gajo chateia-se, ah pois chateia-se!.


14 October 2008

A não Perderch!:):):)

13 October 2008

Eu, o iletrado.


Comecei (de novo) a fazer a colecção do Blake & Mortimer que vem com o Público às Quartas (pareço um ardina), apenas me pergunto como é que o jornal e a sua direcção (quem terá sido? esse e só esse merece um beijinho) conseguiram ser tão clarividentes para perceber que existe uma malta residual que leu essa BD de tão grande qualidade e a colocaram à venda com o diário na esperança que se torne um hábito a compra do jornal por parte do publico alvo...

Olhe, Senhor Publico, tenho-lhe a dizer muito obrigadinho pelo livro, mas o jornal esse fica na banca.


Pe-ésse - Obrigadus, e um abrasso ao cenhor que teve a ideia, deste ceu leitor que n le gornais.

O novo reino


A crise de 2008 já passou afirmavam eles, e no entanto tudo piorou em relação aos elementos fundamentais básicos da nossa ida economia, lembro-me em 2008 durante aqueles dias negros em que a bolsa, empresas, estados e famílias faliam, todos (incluindo eu, o parvo) referíamos que o humanismo deveria ser o novo elemento chave de uma nova política económica, que tal como no renascimento nos havíamos libertado do jugo submissivo e opressivo do Clero tambem agora o renascimento económico para o homem em detrimento da especulação e do capital seria o seu/nosso novo paradigma.

Lembro-me dos maiores pensadores, intelectuais referirem esse tempo como o tempo da limpeza, do fim da especulação e dos lucros abissais de alguns em detrimento dos outros, lembro-me de como o defunto Sarkozy
"o bom" chamava a si com aspirações genuinamente humanas a gestão da crise e a bondade das políticas então levadas a cabo na Europa.

Não sabiamos no entanto que ao amparar as empresas e assumir o risco por elas, bem como as suas dívidas, levariamos a uma maior deturpação dos mercados..sem risco os gestores tornaram-se sedentos, ávidos por mais lucros, a qualquer preço, terminando assim tudo e todos falidos sem hipótese de recuperação e com os bancos centrais sem dinheiro para colocar no mercado...

Foi em 6 meses que tudo aconteceu, empresas publicas que controlovam sectores fundamentais falidas, mais desemprego, menos consumo, menos consumo, mais desemprego, os sectores sociais dos estados falidos e nem Obama e a reserva federal conseguiram por fim a este ciclo, a guerra tambem aí crescia e ninguém a combatia.


O euro vale agora 0.1 rublos e o poder energético da Russia e da China inverteram o equilibrio,
quem conseguiu passar as fronteiras Europeias e fugiu para Oriente evitou esta calamidade, soube há uns dias que cidades existem ainda por lá com água corrente e alguma electricidade, eles e a sua disciplina férrea aparentemente conseguiram criar alguma ordem, enquanto eu escrevo neste caos na esperança que a arrogante cooperação chinesa nos entregue alguns mantimentos aqui, onde todos nós nos encontramos...no inferno!

07 October 2008

Iceland Burns!


"A Islândia pode ser, dentro de alguns dias, uma ilha na bancarrota, alertou o primeiro-ministro do governo de Reykjavik, que avisou os islandeses para se prepararem para o pior, já que «muita gente vai perder dinheiro».

A Islândia enfrenta uma crise financeira maior do que a existente nos Estados Unidos, devido ao endividamento excessivo à banca e ao crédito mal parado de proporções gigantescas, que levaram o terceiro maior banco do país, o Glitnir, a ser nacionalizado na semana passada, depois de ter declarado falência técnica.

Apesar da garantia estatal sobre os depósitos, instalou-se o pânico junto dos investidores e depositantes, que ameaça levar agora à falência os outros bancos, até ao momento em situação sólida.

Num discurso à nação, esta segunda-feira, o primeiro-ministro islandês admitiu que toda a banca pode entrar em colapso e alertou a população para se preparar para o pior.

Geir Haarde frisou que o desmoronamento da banca levaria ao colapso total da economia e à falência do próprio estado islandês, daí ter apelado à calma dos islandeses. Caso se mantenha o nervosismo, o país pode ser, dentro de alguns dias, uma ilha na bancarrota, alertou.

Numa tentativa de acalmar os islandeses, o governo e a oposição aprovaram um plano de emergência que suspende os bancos islandeses na bolsa de valores de Reykjavik, passando o Estado a controlar todas as decisões centrais do sector bancário.

A Islândia, com uma população de apenas 313 mil habitantes, é um dos países mais ricos do mundo, mas também se tem revelado muito vulnerável à crise global na medida em que o sector financeiro representa uma enorme fatia na economia islandesa."

in Tsf.pt


No comments......

02 October 2008

American Music

Pronto, e lá foi aprovado o Plan, falta só a rectificação pelo congresso, agora sim, vamos ver se esta injecção de capital no mercado financeiro serve para alguma coisa ou, como outros mais pessimistas afirmam, se serve apenas para adiar por mais uns dias o Apocalipse, com cavalos magros e cavaleiros rotos (bv).

Afirmam uns, que o paradigma do neoliberalismo chega agora ao fim, que outro terá de ser descoberto, praticado, qual será ninguém sabe, talvez assim uma coisa como Gorbatchov falava nos tempos pós-Perestroika naquele famoso debate da Tsf , no programa Flashback(quando se discutiam coisas de facto interessantes, e aqui é a esclerose a falar), uma fusão entre um estado controlador dos seus sectores fundamentais e um tecido económico liberal qb, sempre submisso á lei forte do estado; curioso, faz-me lembrar a China...bom, dizia eu que com o final deste modelo finda também uma sociedade com(e é mesmo com)sumista responsável pelo subprime nas principais Empresas Financeiras Mundiais, é que ao contrário do que usualmente tenho lido e ouvido por aí penso ser erróneo estar-se a ter como culpado único o mercado de crédito hipotecário americano sem atribuir culpas ao cidadão, ele sim, o primeiro responsável na contracção de créditos que sabia não poder pagar, com taxas de esforço herculaneamente parvas (e aqui vêm os moralistas atribuir culpa ao marketing, estupidificando o eu, o individuo, coisa que me repugna) responsabilizando-se jovens CEOs de Wall Street por tão vil actos.

De facto têm responsabilidade, pela venda de créditos a terceiros sem a devida substantivação do bem vendido ou hipotecado, no jogo e especulação que raiava o abstracto teológico mas devem ser distribuídas por todos, não minimizem a importância do papel do cidadão-consumidor por este desfecho.

Eu por mim, espero que a América me continue a dar musica, continuo a preferir este modelo à ode a Mao Tse Tung... consequentemente viro a minha atenção para os votos em futuras eleições por esse mundo fora em soluções milagreiras de extrema esquerda, por forma a se redimirem (nós, vós, eles) de suas culpas no seio de tão humana ideologia, a do eu, a do coitadinho.


Akira Kurosawa (1910-1998)

Ran - A obra prima

01 October 2008

The winter is coming, I feel the blues...

Ó Lourenço, ainda tocas isto, lol?
Temos as guitarras a ganhar ferrugem? Ver se este fim de semana damos uns rifezinhos, o Inverno aproxima-se, é tempo de amperagem no sotão e o Afonsas têm de começar a aprender umas coisas!

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