Ask for thyself another Kingdom

director`s uncuted(issima) version

30 June 2008

4 Free


http://www.mp3gle.net/

24 June 2008


23 June 2008

O grande insulto(?!)




http://edition.cnn.com/2008/WORLD/europe/06/23/fiat.ad.ap/index.html?iref=mpstoryview

Bába Car



Porto de entrada de pescado no Oeste Africano, aqui sente-se o cheiro da pobreza, as pirogas que em breve se farão ao mar rumo ás Canárias repletas de homens, meninos, mulheres sem certeza de chegada, dão á praia para despejar o pescado; Yousuf, homem de mar conta-me a sua epopeia do naufrágio ao largo da Mauritânia, dos corpos que pela manhã já não acordavam, o calor e a sede, na busca do paraíso.

Nas praias, francesas passeiam os seus jovens negros, enquanto numa qualquer casa em Marselha os seus netos brincam á apanhada.
Aqui as pessoas têm nome, não são numeros, dados estatisticos, teorias humanisticas com que brincamos para nossa culpa limpar, as crianças riem e choram como as nossas.

Bába sonha com um futuro melhor, longe do vão de escada que lhe serve de casa, pergunta-me como é a Europa, como é "Portudal" com um sorriso rasgado de orelha a orelha, não lhe sei responder, desvio a conversa com um amargo de boca e uma vergonha que raras vezes senti.

" Sabes Baba, nós na Europa não vos queremos a todos, só a alguns, aos mais espertos e fortes, temos quotas para vós decididas pelos governadores do Império, esperam-vos os trabalhos mais duros, onde o risco é grande e a ida provavelmente sinónimo de separação definitiva da vossa familia e entes queridos, se lá chegarem terão de andar escondidos, sem estrela no braço mas de nome "ilegal" e de condição humana, se apanhados serão repatriados, deportados sem hesitação, e com sorte, um dia poderão comprar a vossa liberdade tal como vossos antepassados; pouco ou nada mudou Bába, a ilha de Gore ainda vive, apenas o barco mudou."

Obrigado pela hospitalidade.

04 June 2008

Volcano

03 June 2008

Perdido em Lá II


Quando se está numa jangada
Improvisada
Lembramo-nos como foi


Do que aconteceu
Quando se brincava e jogava
Sem restrição, sem mãos

À minha volta água cresceu
Balançou
Jogou-me ao chão

Levanto-me e olho
Ao fundo terra
A da perfeição?

Remo?
Nado?
Rezo a Éolo?

Não,
Não me aproximarei
Apenas contemplação

Quando se está numa barcaça
Improvisada, recordamo-nos
Que navegar é a nossa última razão.








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