Ó te calas ou levas com o MI 5 em cima!

director`s uncuted(issima) version
Chateia-me que quem anda para ai a cantar aos quatro ventos que bom é a vitória do Senhor não fale também sobre a construção Europeia, sobre a necessidade urgente e nos últimos anos constatada de acelerar o processo comunitário de politicas comuns especialmente de defesa e política externa no seio da União gorda, abarrigada de Estados e que cada vez mais não serve para nada, o bicho comeu-se a si mesmo, está gordo imóvel e não consegue dar um passo sem realizar duas reuniões, três concelhos de ministros e outras tantas reuniões para pedir autorização ao outro pé para andar.
Sabem mesmo o que eu queria?
Que não estivéssemos a mandar bitáites sobre o Obama, que não estivéssemos a falar sobre as relações de amizade do Sarkozy e da Merkel, que não estivéssemos a mudar todos os quinze dias de Bruxelas para Estrasburgo mas sim que estivéssemos com forças de intervenções autónomas, não dependentes dos EUA no Congo a evitar mais um genocídio, que não tivéssemos 8 anos à espera de um senhor Presidente que no seu DIREITO e mandatado pelos seus cidadãos não quis interferir no Sudão, que não quis dar (e pagar) mais poderes á ONU para fiscalizar e punir as atrocidades que se fazem por ai, queria uma Europa forte, com uma politica de facto comum e interventiva, que não estivesse à espera do Senhor Salvador para resolver as Bósnias, os Kosovos e as Georgias, questões nossas vizinhas e onde nem aí podemos tocar.
Não, o que interessa é o que se passa no lado de lá, nós vamos continuar a engordar, a engordar de Estados, de normativas absurdas que em nada ajudam á construção europeia da união na diferença, não, vamos seguir o que se passa do lado de lá a babar, umas vezes de medo outras de esperança como agora mas vai ser só por mais oito anos, daqui por uma década voltamos a falar.